3 Tendências do social media que têm dado certo

17/08/2015 por Luan Aguirra
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3 Tendências do social media que têm dado certo

3 Tendências do social media que têm dado certo

Com as mudanças no comportamento do consumidor que impactaram o primeiro semestre do ano, principalmente as grandes marcas e para não ficar a mercê da sorte existem três tendências que os profissionais do social media precisam acompanhar para garantir o sucesso.

1) Social media significa mídia paga. Cada vez mais.

Anos atrás, gerentes de comunidades ou estrategistas de mídia social não precisavam saber nada sobre como a compra de mídia funciona. Publicar posts era apenas mais uma forma de ganhar exposição, mas não era uma necessidade. O alcance orgânico não seguia um fluxo livre; essa noção desvalorizava o trabalho de estrategistas, executivos de contas, gerentes de comunidade, criativos, produtores e outros. Mas, ainda assim, houve um tempo em que anunciantes conseguiam ter visibilidade sem precisar comprar mídia.

As regras estão mudando. O Facebook decretou que as marcas precisam pagar para ter visibilidade, mesmo para atingir pessoas que seguem essas empresas. E em outras plataformas sociais, como Twitter e Instagram a única forma de garantir alcance amplo é dar suporte a criatividade com mídia paga.

A cada mês diminui a quantidade de histórias de marketing centradas em mídia gratuita. Isso não decreta o fim do trabalho de criativos e gerentes de comunidade com conteúdo social, pois consumidores estão bem mais propensos a compartilhar conteúdo engajador e relevante do que um anúncio típico. É fácil comprar views, mas é quase impossível comprar embaixadores.

2) Atividades nas redes sociais migrando do público para o particular.

O uso da mídia social continua a crescer de forma exponencial. Mas, ainda assim, muito desse crescimento vem da atividade privada, onde pessoas enviam mensagens a contatos selecionados em vez de compartilhar tudo no modo público. No Snapchat, as mensagens são até mesmo autodestrutivas. Os apps que mais cresceram na segunda metade de 2014, segundo o Global Web Index, foram Snapchat, Facebook Messenger e Line (os três são serviços de mensagens privadas). Os outros dois na lista são Instagram e Pinterest.

Pessoas que usam apps de mensagem não querem ser rastreadas. Anunciantes não podem monitorar suas conversas. O Snapchat tem experimentado formatos publicitários, mas o Snapchat é o tipo de plataforma em que a publicidade em excesso afugenta os usuários. À medida que a atividade privada nas redes sociais canibaliza a atividade pública, anunciantes terão que encontrar um caminho para manter a relevância com essas audiências quase invisíveis. Uma pista dos modelos futuros é o acordo de distribuição de conteúdo entre o Buzzfeed e o We Chat. Caso usuários do app aprovem a entrada de publishers, então o conteúdo patrocinado pode ter uma boa chance de emplacar.

3) Pessoas que compram umas das outras em vez de comprarem das marcas.

E se o tamanho da marca, a quantidade de localizações e a qualidade dos produtos e do serviço não importarem? E se as pessoas preferirem comprar produtos e serviços entre elas? E se as pessoas começarem a adquirir menos e a compartilhar mais? Essa é a situação que afeta um número maior de marcas.

Primeiro veio o Airbnb concorrendo diretamente com redes de hoteis. Uber e Lyft tendem a competir mais com pequenas empresas como serviços de carros e operadoras de táxi, mas seu objetivo maior é fazer com que pessoas dividam carros em vez de comprá-los. O serviço de entrega de mercadorias Instacart, avaliado em US$ 2 bilhões, não evidencia a necessidade que as pessoas têm de comprar alimentos e produtos para a casa, mas pode mudar a forma como marcas promovem seus produtos nos estabelecimentos. Existem serviços disruptivos em quase todas as verticais e quanto mais essas startups e modelos atraírem investimento, mais marcas lutarão para manter a relevância. A Jeremiah Owyang’s Crowd Companies reportou que empresas de economia colaborativa atraíram US$ 8 bilhões em financiamento desde 2005, sendo que quase metade veio em 2014.

De repente, lidar com o apocalipse parece bem mais fácil.

*David Berkowitz é CMO da MRY

Texto original: www.meioemensagem.com.br

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